Brasil Passo a Passo

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Serviço – Santa Catarina

admin | 25 de abril de 2008

São Francisco do Sul

Hotelaria
Zibamba Hotel
R. Fernandes Dias, 27 – Centro Histórico
Fone: 47-3444-2020
Email: contato@hotelzibamba.com.br
www.hotelzibamba.com.br

Restaurante
Bar do Bolacha
Fone: 47-3444-6921

Lazer
Museu Nacional do Mar
R. Manoel Lourenço de Andrade, 133 – Centro Histórico
Fone: 47-3444-1868 ou 47-3444-2612
Email: contato@museunacionaldomar.com.br
www.museunacionaldomar.com.br

Florianópolis

Hotelaria
Hotel Veleiro
R. Silva Jardim, 1050 – Centro Sul
Fone: 48-3225-7622
Email: atendimento@hotelveleiro.com.br
www.hotelveleiro.com.br

Laguna/Farol de Santa Marta

Hotelaria
Pousada Vista ao Farol
Estrada Geral do Farol, 3055 – Prainha
Fone: 48-3646-2319 ou 48-9924-6499
Email: pousadavistaaofarol@bol.com.br

Preservação
ONG Rasgamar
João Batista Andrade – Presidente
Email: ong_rasgamar@hotmail.com

Guarda do Embaú

Restaurante
Guardião do Embaú
Email: guardiao@guardiaodoembau.com.br
www.guardiaodoembau.com.br

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Cabo de Santa Marta 360º há 10 anos atrás!

admin | 23 de abril de 2008

Cabo de Santa Marta

A ansiedade de chegar ao Cabo de Santa Marta tinha dois motivos: primeiro porque depois de 700 km de caminhada, com exceção de Torres e do Morro dos Conventos, seria a primeira vez que mudaríamos de ecossistema, ou seja, sairíamos das praias retilíneas, típicas do litoral gaúcho e iríamos entrar nos castões rochosos de Santa Catarina. O outro motivo é que o Cabo de Santa Marta seria o primeiro “paraíso ecológico” na direção sul – norte. De fato nosso amigo Pablo, de Porto Alegre, nos falou muito de como era o Cabo, da descoberta da pacata vila de pescadores na década de 70, no auge do movimento hippie. Foi na casinha de Pablo, construída sobre as rochas a poucos metros de onde arrebentam as ondas que nos hospedamos. Nosso anfitrião foi o Tato, pescador aposentado que agora vivia tomando conta das casas do pessoal de fora.  Tranqüilo, este descendente de açorianos nos falou dos tempos áureos em que sair de barco era a certeza de voltar para casa com muito peixe. Hoje, como em várias partes do litoral brasileiro, o peixe é escasso e mal dá para o consumo da família do pescador. As casas são todas construídas nos morros e lá do alto, no topo, um fato intrigante, dunas imensas onde aparecem sambaquis, resquícios de conchas e objetos deixados por antigos habitantes indígenas ao longo dos séculos. Do alto temos uma vista de 360° mas quem predomina mesmo lá embaixo é o imenso farol, construído por franceses em 1890 com pedra, areia e óleo de baleia. Na parte norte é possível descer as duna em direção à praia, porém a umidade provocada por uma nascente faz com que o local se torne um verdadeiro atoleiro de areia movediça. As pernas vão afundando na areia molhada até a altura dos joelhos. Os desavisados costumam entrar em pânico no início, mas depois vão se acostumando. No fim de semana o Pablo chegou e nos fez conhecer um “esporte” que só quem vive ali na beira das ondas pode apreciar. Esperávamos o mar recuar e então pulávamos das pedras na areia e daí na água furando as ondas que iam depois estourar nas rochas. Quando a maré recuava outra vez saíamos correndo da água pela areia até atingirmos novamente as rochas. Às vezes as ondas nos pegavam e tínhamos de ficar ali agarrados feito ostras humanas. Programão!

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Trekking na Guarda do Embaú

admin | 20 de abril de 2008

Guarda do Embaú

Depois de uma estada em Garopaba e nas belas praias da região era o momento de conhecer a tão falada Guarda do Embaú. A caminhada em direção ao norte, em princípio, foi bem tranqüila até nos defrontarmos com um obstáculo intransponível. Era a Ponta da Gamboa, um morro de dimensões consideráveis que penetrava mar adentro impedindo a passagem. Logo entendemos que a moleza havia acabado e então saímos da praia em busca de informações sobre trilhas que nos levassem ao outro lado, na praia da Gamboa propriamente. Nossa experiência dizia que sempre que há um obstáculo os pescadores nativos fazem trilhas por dentro para o melhor acesso. Sendo assim não nos importamos tanto em pedir informações e seguimos em frente, ou melhor, morro acima, naquela que achamos ser a melhor trilha. À medida que subíamos a paisagem se tornava cada vez mais deslumbrante. Era mês de maio, o chamado “veranico de maio” de Santa Catarina e o sol ainda estava bem forte brilhando no céu azul. Várias vezes paramos para contemplar aquele mar estupendo como também a prometida Guarda do Embaú, não muito longe dali. Em certos momentos as trilhas terminavam em matagais que com certeza não eram o caminho ideal para atravessar a Gamboa. Numa destas saídas nos deparamos com um pasto imenso onde o gado ao que tudo indica não via gente há muito tempo. Sem alternativas tivemos de atravessá-lo em meio aos bois que nos seguiram de perto, cheirando aqueles seres extraterrestres que levavam nas costas mochilas de cores espalhafatosas (laranja e lilás). Com os bois nos nossos calcanhares seguíamos cada vez mais rápido até que a travessia tornou-se uma verdadeira corrida – nossa e dos bois! Tivemos de entrar novamente no matagal, agora sem os bois, para logo descobrirmos que estávamos, apesar do belo visual da Guarda, perdidos. Não houve alternativa se não refazer todo o caminho de volta até a base do morro para aí então, humildemente, pedir informações a um nativo. Perdemos quase três horas nesta travessia mal sucedida, mas valeu pelo visual diferenciado e pela companhia de nossos amigos bois. Transposta a Gamboa tivemos de fazer ainda 6 km de areia grossa até a Guarda do Embaú. A vila tem uma localização estratégica e para alcançá-la temos de atravessar o rio da Madre. Bacamarte, um nativo da região foi quem nos atravessou numa pequena canoa e acabou por virar o nossa guia. Muito tímido, só aos poucos foi se abrindo e mostrando as belezas do lugar. Primeiro fizemos uma incursão pelo rio da Madre, de águas cor de mel, mas límpidas. Na foz, na margem norte, a proximidade com o Morro do Urubu e a vegetação de mata atlântica faz do visual um dos cartões postais da Guarda. Bacamarte, acostumado a ser guia de turistas não muito bem preparados fisicamente nos propôs meio céptico de subir o Morro do Urubu, onde ele dizia haver o melhor visual da região. Como o dia estava muito bonito e não queríamos arriscar uma chuva no dia seguinte topamos. Apesar de já termos feito o Morro da Gamboa estávamos ainda plenos de adrenalina e demos início à empreitada. Bacamarte ia à frente, a passos largos. Mesmo com as mochilas nas costas não fraquejamos e à medida que subíamos o visual ficava cada vez mais chocante. Agora, lá do alto, era o morro da Gamboa que nos víamos. Sempre andando pela mata atlântica víamos entre as brechas que o visual era estupendo até que chegamos ao topo. Todo o esforço físico foi compensado por aquela paisagem paradisíaca. Era uma tarde morna, não ventava, e o canto dos pássaros podia ser ouvido com mais nitidez. Ficamos ali por um bom tempo contemplando o pôr do sol. Finalmente Bacamarte quebrou o silêncio e comentou que tínhamos um bom preparo físico, disposição. Foi então que explicamos a ele que vínhamos do Chuí, a pé, e que naquele mesmo dia já havíamos feito a Gamboa. Ele sorriu, mansamente, achando que estávamos brincando com ele, que não era verdade. Já escurecia quando descemos e então na vila mostramos revistas e jornais que falavam do nosso projeto de conhecer todo o litoral do Brasil a pé. Meio maravilhado, Bacamarte então apresentou-nos a parentes e amigos, na sua maioria jovens surfistas que freqüentam a Guarda. Fomos dormir bastante cansados, mas satisfeitos com aquele dia tão intenso. No dia seguinte, acordamos com um forte vento sul que trouxe a chuva e o frio. Sentados junto de nossos amigos surfistas, agasalhados e tomando um chocolate quente, curtíamos aquele frio, pois sabíamos o quanto havíamos ganhado no dia anterior.

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Trekking no litoral catarinense: aventura e gastronomia…

admin | 18 de abril de 2008

Farol de Santa Marta

A transição do litoral gaúcho (retilíneo e monótono) para o litoral entrecortado por pontões rochosos de Santa Catarina começa no Morro dos Conventos, mas é logo após a Barra do Camacho, no Cabo de Santa Marta, que ele adquire características definidas. Dali até Florianópolis encontramos com praias longas de areias brancas onde o mar verde azulado forma ondas perfeitas para o surfe e prainhas que são verdadeiras piscinas naturais, além de lagoas e dunas. Mas, principalmente, enfrenta-se costões rochosos que para atravessar é necessário subir e descer morros por trilhas desertas, acompanhados, quando muito, pelo gado que pasta tranqüilamente. Do Cabo de Santa Marta até Laguna, o trecho mais interessante e também o mais selvagem vai da praia da Teresa até os Molhes de Laguna. Ali, só dá para chegar a maioria das praias por trilhas e, para passar de uma a outra, é necessário atravessar várias rochas e em alguns casos fazer pequenas mas perigosas escaladas. Já bem próxima a Laguna, depois de uma difícil escalada caminha-se por 3 km entre morros onde se tem belíssima vista do mar. Quando menos se espera, ao subir o último morro, aparece Laguna, cidade histórica que tem como personagem principal Anita Garibaldi. Imbituba, localizada numa das regiões mais belas do litoral catarinense respira surfe. Além das ondas, as atrações deste trecho ficam por conta das dunas da praia da Ribanceira que estão entre as mais altas de Santa Catarina. Mais à frente, na Barra de Ibiraquera – que dizem, tem o camarão mais saboroso do país – fica a porta de entrada das praias do Luz e do Rosa, onde o verde da vegetação das montanhas se confunde com o verde azul do mar. Quem pensa que Garopaba é só badalação está enganado. Apesar do intenso movimento das pousadas há uma grande surpresa bem próxima. Entre a praia da Ferrugem e a praia do Silveira há um imenso costão. Consulte algum nativo que conheça bem as trilhas e prove transpo-lo. Lá do alto você poderá desfrutar de um dos visuais mais belos de toda região: Garopaba é cercada de imponentes montanhas. Ainda um pouco longe das praias chegando à Guarda do Embaú, suba o morro da Pedra do Urubu e de lá contemple 360º, dunas, rios, montanhas, lagoas e com sorte um belo por do sol.
Florianópolis

A Ilha de Santa Catarina, onde fica a capital Florianópolis é uma síntese do litoral do estado. Ali todos os ecossistemas estão representados: praias, dunas, costões rochosos, lagoas, mangues, etc. Para os adeptos do ecoturismo, a ilha é perfeita. Ao norte encontramos um litoral que, apesar de bastante urbanizado, oferece boas opções de caminhadas. Ao sul, estão as praias mais selvagens. Mas, além de natureza, a ilha oferece um contínuo festival gastronômico. Para quem quiser comer a melhor ostra da ilha, a opção é ir ao Cantinho da Ostra, na localidade de Santo Antônio Lisboa. Ali é possível tomar uma ótima caipirinha e quase sempre, ver um belíssimo por do sol. Santa Catarina é com certeza excelente opção tanto para quem gosta de aventura como para quem gosta de comer bem.

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Chegando a Santa Catarina…

admin | 15 de abril de 2008

São Francisco do Sul

A chegada a Santa Catarina também foi feita debaixo de muita chuva. Não aquela fina e persistente que nos acompanhou por vários dias no Rio, mas fortes temporais de verão que tornaram a ida de Guaratuba – PR até São Francisco do Sul uma verdadeira odisséia. Já na Ilha de São Francisco tivemos a grande satisfação de rever grandes amigos como o Bamba do Zibamba Hotel e também o folclórico e imperdível Bar do Bolacha, cujo dono é um dos mais fanáticos torcedores do Vasco da Gama. O fim de semana porém nos impediu de entrar em contato com a importantíssima UNIVALI de Itajaí, um dos maiores centros em Mar do Brasil. Ainda passamos pela “vertical” Balneário Camboriú e a paradisíaca, mas infelizmente muito mal ocupada, Bombinhas.

Floranópolis

Já na insular e ensolarada Florianópolis a comprovação de que a Ilha é realmente um belo exemplo de harmonia entre natureza e ocupação urbana, mas já deixando antever que aqui e ali há sinais de pressão imobiliária, motivada principalmente pelo turismo que cresce aceleradamente.

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Serviço – Paraná

admin | 13 de abril de 2008

Ilha do Mel

Hotelaria
Pousada Lua Cheia
Praia de Encatandas – Ilha do Mel
Fone: 41-3426-9010 ou 41-9609-9070 ou 41-9978-1967
Email: ariovaldobarros@ig.com.br

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Trekking na Ilha do Mel

admin | 12 de abril de 2008

Ilha do Mel

Ilha do Mel, por si só, já nos remete a uma idéia de paraíso. Podemos acrescentar a isto o fato de que a maior parte dos seus 2.700 hectares foi transformada em reserva ecológica além do que ali não existem ruas e por sua vez carros. A ilha tem duas partes bem definida. A menor, voltada para o oceano, é rochosa, possui faróis e é a mais habitada. A maior, mais no interior da baia de Paranaguá e plana e arenosa. E foi na praia da Encantada, na pousada do Barros, que nos hospedamos para conhecer a ilha pequena. Dia seguinte saímos bem cedo para fazer o “pequeno” giro na ilha, calculado em não mais do que 10 km. A parte oceânica foi bem tranqüila. Depois de explorarmos uma caverna construída pelas ondas seguimos por três praias que eram separadas por pequenos pontões e, detalhe, nem foi preciso levar água já que a todo o momento encontrávamos uma nascente que os nativos canalizavam com bambus fazendo deliciosos bebedouros naturais. Tudo ia bem até quando avistamos o farol das Conchas e então, para cortar caminho, resolvemos escalar um morro. Fomos subindo relativamente tranqüilos até o momento em que chegamos à velha situação do “falta pouco, mas é difícil” e resolvemos arriscar.  Chegou então à fase do “estamos quase lá, mas também não da mais para voltar”. Olhávamos para baixo e víamos as ondas estourando nas rochas e percebemos que não havia a menor chance de retroceder. Subíamos devagar, bem devagar, numa operação extremamente arriscada, até chegarmos ao topo. A dificuldade foi complementada por um “passeio” em meio aos gravatás e ao capinzal que nos cortavam e nos faziam coçar um absurdo sob o sol de duas da tarde. Finalmente furamos o cerco e chegamos ao farol onde pudemos descansar e cuidar dos cortes. Mas o prêmio estava por vir ali, naquele dia, hora e lugar. A estreita faixa de areia (100 metros) que liga a ilha pequena com a grande estava sendo coberta pela maré alta de lua cheia. O fato era inédito e nós estávamos ali para presenciar. Ficamos tão absorvidos para ver também o por do sol que nem percebemos o tempo passar. A volta, que em outras circunstâncias poderia ser considerado dura foi feita num astral maravilhoso. Íamos caminhando de volta para a pousada Lua Cheia agora com a maré baixa, com água pelos joelhos, iluminados agora pela lua que começava a nascer. Finalmente alcançamos terra firme e daí seguimos por entre trilhas no meio de uma matinha de restinga até chegar à Encantadas…

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Paraná: preservação e expansão imobiliária

admin | 10 de abril de 2008

O Paraná tem o segundo menor litoral do Brasil, ganha apenas do Piauí.
Ao norte, divisa com São Paulo, o bem preservado Parque Nacional do Superagui contrasta com as concorridas Praia de Leste, Matinhos, Caiobá e Guaraqueçaba, que ao que tudo indica, em pouco tempo vai tornar-se algo semelhante ao que é hoje o litoral de Santos a Peruíbe em São Paulo. Uma única cidade!

Barros
Dez anos depois retornamos à Ilha do Mel e segundo o relato do Barros, proprietário da Pousada Lua Cheia, o número de habitantes cresceu e com isto  problemas ligados a distribuição de água, fossa e dispersão do lixo também cresceram. Devemos lembrar também que a fragilidade do ecossistema Ilha do Mel, devido às suas dimensões reduzidas, ainda é bastante ameaçada pela sua localização na entrada da poluída Baía de Paranaguá.

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Serviço: São Paulo

admin | 7 de abril de 2008

Ubatuba

Hotelaria
Recanto Villa Maria
R. Antônio Athanázio da Silva, 242 – Itaguá
Fone: 12-3833-6221
Email: mg-pontes@uol.com.br (Gabriela Pontes)

Ilha Bela

Hotelaria
Pousada Panorama
Via Panorâmica, 45
Fones: 12-3896-5926 ou 11-3666-1234 (reservas)
Email: info@pousadapanorama.com.br
www.pousadapanorama.com.br

Iguape

Hotelaria
Pousada Solar Colonial
Largo da Basílica, 30 – Centro
Fone: 13-3841-1591

Restaurante
Panela Velha
R. XV de Novembro, 190 – Centro
Fones: 13-3841-1869 ou 13-9743-8830

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Ilha do Cardoso: geografia e trekking

admin | 6 de abril de 2008

Entre o litoral norte do Paraná e litoral sul de São Paulo existe um cinturão verde que poderíamos chamar de uma verdadeira “barreira ecológica”.

A “barreira” começa na Reserva Ecológica da Ilha do Mel, passando pelo Parque Nacional do Superagui, Parque Estadual da Ilha do Cardoso, APA Estadual e Federal da Ilha Comprida, APA Federal de Cananéia, Iguape e Peruíbe, terminando na Estação Ecológica da Juréia – Itatins.

A região do Lagamar como é conhecida estende-se por uma faixa litorânea de 200 km, que vai de Paranaguá (PR) até Peruíbe (SP).

Considerada pelos cientistas como uma das áreas de conservação mais importantes da Terra é composta por Mata Atlântica, manguezais, restingas, estuários e lagunas.

Para entender a formação do Lagamar é preciso voltar no tempo alguns milhares de anos atrás. A Serra do Mar, que praticamente cerca o Lagamar pela parte continental é coberta por Mata Atlântica e apresenta altos índices de pluviosidade. Os vários rios que descem da serra vieram ao longo do tempo depositando os seus sedimentos (lamas e areias) na parte baixa dando origem aos exuberantes manguezais como também a formação de ilhas sedimentares tais como a das Peças e Superagui no Paraná como também a Ilha Comprida em São Paulo.

A Ilha do Cardoso porém, é de um tipo diferente. O seu relevo interior é montanhoso e em vários pontos notamos a presença de picos rochosos. Isto significa que um dia a Ilha do Cardoso já foi parte integrante da Serra do Mar. Com o movimento de transgressão (subida) do Oceano Atlântico ela ficou isolada, tornando-se uma ilha.

A Ilha do Cardoso pelas suas condições excepcionais de beleza e conservação foi transformada em PE – Parque Estadual “área de extensão considerada, necessariamente do poder público, com riqueza de espécies. Sítios geomorfológicos ou habitats de interesse cientifico, educacional ou recreativo. Pela legislação, devem esta abertos a visitação pública, para fim de lazer e educação ambiental. Podem ser criados pela União ou pelos Estados”.

A Ilha tem uma área de 140km2, sendo que 90% dela coberta de Mata Atlântica. A predominância de vegetação de Mata Atlântica é explicada justamente por sua origem que produziu solos mais ricos propícios a este tipo de vegetação mais densa, ao contrário das outras ilhas com solo predominantemente arenoso próximos ao Oceano (restinga) e lodosos no interior onde se fixaram os mangues.

Mas a Ilha do Cardoso, além da exuberante Mata Atlântica que domina grande parte da ilha, chegando em alguns pontos a competir com os costões rochosos e chegar até bem próximos ao mar tem também sua faixa de vegetação de restinga na parte oceânica como também manguezais nos canais interiores que a separam do continente.

Para conhecer os três ecossistemas dominantes na Ilha do Cardoso (Mata Atlântica, mangue e restinga) o ideal é começar pela viagem de Cananéia até a Vila de Marujá, a “capital” da ilha. São 3h30m de barco por entre manguezais que em nada devem aos da Baia de Paranaguá, Laranjeiras, Pinheiros ou Mar Pequeno. De Cananéia ao Marujá temos uma mostra típica do que sejam os espetaculares mangues do Lagamar.

Nesta viagem de barco podemos perceber que a vida social da região desenvolve-se dentro desses canais e não no Oceano. Uma imensa estrada de água, que vai de Paranaguá até a foz do rio Ribeira do Iguape, cortada por infinitos outros menores (os canais) pode ser navegada, lembrando em vários aspectos a região Amazônica. É ali que encontramos vilarejos ou cabanas de caiçaras que cruzam os canais em suas embarcações para ir pescar, entregar o peixe na cidade mais próxima e fazer compras como também “ir à missa” ou mesmo professar sua fé carregando o santo, tocando rabeca e fazendo suas cantorias na Festa do Divino.

Chegando a Marujá, esta simpática vila de pescadores, podemos nos hospedar em modestas mais aconchegantes pousadas e traçar os planos para explorar a parte oceânica da ilha.

Aqui vale um alerta! A parte interior da ilha que é montanhosa e totalmente tomada pela Mata Atlântica é praticamente inexplorada (desconhecida). Se é que existe alguma trilha, elas devem ser conhecidas por pouquíssimos nativos e por tanto não é aconselhável aventurar-se por elas desacompanhado.

TREKKING

Para os praticantes do trekking (lembrar que na ilha na há veículos!) duas opções:

De Marujá até a Barra do Ararapira (PR):
São 15 km por uma única praia plana, de areia batida e completamente deserta. Na verdade a praia é uma imensa restinga, tanto a nível geomorfológico (ou seja, da sua formação) como também da vegetação. A restinga fica entre o mar e o Canal de Ararapira. Ali, como na Ilha Comprida, podemos ter uma mostra significativa da vegetação de restinga. O aconselhável é fazer a caminhada em um dia pois há a  necessidade de atravessar a Barra do Ararapira de barco, pernoitar na vila e retornar no dia seguinte. Podendo-se optar entre a volta a pé ou de barco.

De Marujá até Cananéia (SP):
Os mais preparados fisicamente podem até fazer o trajeto em um dia, mais o ideal é fazer em dois, pernoitando na praia de Camboriú e deliciando-se com uma das paisagens mais belas do litoral brasileiro. De Marujá até Camboriú temos as praias de Morretinho, Laje, Fole Grande, Fole Pequeno e Kayan que são separadas por costões rochosos. O visual é imperdível; à direita o Oceano Atlântico que conforme seu humor quebra suas fortes ondas nas alvas e finas areias da praia. À esquerda, imponentes montanhas cobertas pelo verde da Mata Atlântica intacta. Na praia do Camboriú dê uma parada para descansar e ganhar forças para o dia seguinte que é bem mais puxado. Mesmo assim não deixe de ir a prainha do Kayan (15 min) entre Camboriú e o Fole Pequeno, de onde se tem uma vista privilegiada da ilhota do Cação, que nos faz retornar ao tempo dos piratas. De Camboriú, passando por Ipanema até Itacuruça a trilha é por entre costões rochosos e a Mata Atlântica. Depois, pela praia até o Pereirinha, de onde se toma o barco para Cananéia, é tranqüilo. Atenção! Se o tempo não estiver bom e o mar batendo muito aconselhamos esperar ou então retornar para o Marujá. Se receber um convite para ir de barco lembre-se que até Ipanema irá ladear os costões rochosos e quando passar pelas rochas e tudo parecerá está bem, estaremos entrando na praia de Itacuruça onde bancos de areias fazem levantar ondas enormes e sem direção. Para chegar às águas calmas e abrigadas de Cananéia é preciso atravessar uma ponta que recebe o sugestivo nome de Ponta do Perigo! Aventuras à parte, vários naufrágios com perdas humanas já ocorreram no local. Cuidado!

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