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O faroleiro Babi e outras histórias…

admin | 10 de maio de 2008

Farol do Chui

Quando chegamos ao Farol do Chuí, há 10 anos atrás, um senhor de aspecto tímido foi nos recepcionar no portão. Era Nelci Pereira de Lima, 59, nascido ali mesmo na Barra do Chuí. Babi, como é conhecido, é o último faroleiro civil da região. Descendente de uma família de faroleiros trabalhou ao longo das últimas três décadas em todos os faróis da região. Diz ele: meu avô, pai e primos, a família Pereira, trabalhou e conhecia todos os faróis de Mostardas até o Chuí. Agora, prestes a aposentar-se, Babi explica que o reinado da família Pereira nos faróis está chegando ao fim. Antigamente o faroleiro vivia muito isolado do mundo e isto impossibilitava de dar escola aos filhos. Por este motivo optou por deixar o filho na cidade para estudar, impossibilitando assim o aprendizado deste nos segredos do farol, encerrando então a fase dos faroleiros civis. Agora, com o avanço tecnológico, a tendência é que os faróis trabalhem cada vez mais sem a presença do homem, e quando houver essa necessidade, que o trabalho seja feito por militares. Na noite em que antecedeu uma tempestade, Babi ficou conversando conosco até altas horas da noite e pouco a pouco foi revelando fatos e histórias por ele presenciados. Meu avô, que teve 30 filhos (sim, trinta!), doou para a Marinha a área onde hoje está o Farol do Chuí… Quando tinha sete anos (1945), a cantora Emilinha Borba(!) vinha de uma turnê pela Argentina-Uruguai em direção ao Rio Grande e segundo ele queria levá-lo embora, para o Rio – São Paulo. Ela dizia que eu era muito parecido com o filho dela… Outras histórias, nem tão engraçadas foram presenciadas por Babi, como o fenômeno que ficou muito conhecido e pouco explicado denominado Maré Vermelha. Na época, a versão oficial atribuiu o fenômeno a proliferação de algas que ao morrer lançavam toxinas na água e que isso havia causado um grande envenenamento de peixes. Outras versões indicavam que o fenômeno estava diretamente ligado ao naufrágio do navio Taquari, de Santos-SP, que carregava uma carga altamente tóxica.

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